terça-feira, 27 de março de 2007

Pais e filhos Não São Iguais


Aquelas pessoas que hoje têm em torno de 35 anos e os que possuem mais, tiveram sem dúvida alguma uma educação centrada no respeito e na obediência aos seus pais. E este modelo de educação, tinha nos pais o centro pela qual movia-se a família. Bastava um olhar para entender o recado, quando tinha visitas aparecer na sala somente para cumprimentar os visitantes.
E aí, vieram os filhos dos filhos que tiveram este tipo de educação e, alguns, se não a maioria, resolveu que agora tudo seria diferente. Não trataria os seus filhos da mesma forma que os seus pais o trataram. Seriam mais democráticos, dar maiores liberdades, enfim, ser mais “amigos” dos seus filhos.
E para reforçar esta “nova forma” de educação, os psicólogos, psicanalistas, psicoterapeutas, defenderam a teoria de que os filhos precisavam de maior liberdade para encontrar o melhor caminho, terem as suas próprias experiências, onde a educação não fosse repressora e que em casa, houvesse maior diálogo e a oportunidade do confronto de idéias.
Grande parte destes que defenderam esta teoria, após uma reflexão do que aconteceu com a sociedade, viram que houve um erro de rota e que o barco estava afundando num mar onde os principais valores que o sustentavam como, respeito, verdade, dignidade, honra, amor e ética, deixaram de manter este barco na superfície.
Ao procurar diminuir as diferenças, pregou-se a necessidade de que pais e filhos precisavam ser amigos, esquecendo-se de que os filhos precisavam era de alguém muito mais do que amigo, precisavam de referência para as suas vidas.
Amigos, os jovens têm na escola e na rua, enquanto que em casa eles precisam de referenciais, para que possam ter um norte a seguir quando estiverem na rua.
E aí, que a frase “Os pais precisam ser pais para que os filhos possam ser filhos”, possuem uma importância fundamental no estudo deste princípio.
Tal afirmação, não deseja pregar o autoritarismo no relacionamento pais e filhos, ao contrario, quer é que os pais exerçam a sua autoridade tendo sempre em mente que a harmonia deve estar centrada no que somos “Amor-Exigente”.
E quando os pais estão cientes do papel que devem exercer em seus lares, buscando a harmonia, o respeito, a confiança, os deveres, os limites e as obrigações de cada membro da família, estará exercendo o seu papel com dignidade e contribuindo para que os seus filhos tenham estes mesmos valores quando tiverem a sua própria família.
Quando os papéis de pais e filhos são entendidos como complementares um do outro, não como opostos, as diferenças que existem complementam, acrescentam, para que cada um possa ter o seu lugar bem definido.
E neste entendimento mútuo familiar, o fato de pais e filhos não serem iguais pode ser entendido como soma, partilha e não como confronto.
Enquanto pais precisamos dar condições para o aprendizado dos nossos filhos com a mesma energia para deixá-los assumirem as responsabilidades dos atos que tomarem.
E o aprendizado que este princípio deixa para os pais é a busca diária da honestidade como fator preponderante como base nas relações no lar.
Como pais e não como super-homens não têm uma resposta para tudo, mas vamos buscá-la tendo valores espirituais como fonte para nutrir nossas relações com os nossos filhos, propiciando-lhes condições de crescimento para que ocupem seu lugar no mundo da melhor forma possível.

Tenha sempre em mente: Se você não for a referência ou um modelo para os seus filhos, os amigos da rua poderão ocupar este espaço. Querendo ser amigo, por vezes esquecemos de ser pais.

Saudações Amigos!

sábado, 24 de março de 2007

E a mensagem contra dirigir bêbado está no descanso de copo do bar


E a mensagem contra dirigir bêbado está no descanso de copo do bar.

Na lateral do descanso de copo a frase avisa 'Só um lembrete: dirigir bêbado mata'. A mensagem ganha mais força quando o cliente do bar levanta seu copo - coberto com tinta vermelha invisivel quando seca, o descanso molhado pelo suor da bebida gelada passa a exibir uma mancha sugerindo ferimentos. A açao foi realizada em bares de Bombaim, na India.


sábado, 17 de março de 2007

Ainda Bem Que os Meus Recursos São Limitados!

Parece até engraçado alguém começar a escrever expressando no título um alívio justamente em um assunto que, normalmente, não gostamos de tocar e que, seguidamente, ultrapassamos.
Por mais engraçado que possa ser, é justamente no momento que percebemos que os nossos recursos emocionais, financeiros e de saúde são limitados, é que começamos a dar o primeiro passo para uma vida realmente vivida.
Eu gosto de dizer que a percepção dos limites, não deve ser encarado como um fracasso ou como limitador na nossa vida, ao contrário, a noção do limite é como uma bússola que nos ajuda a encontrar o caminho a ser percorrido.
Imagine-se num deserto onde não haja nada como parâmetro para você se guiar. Certamente você vai sentir-se perdido e começa a sofrer por não encontrar algo que possa servir de guia. Nestes momentos, uma bússola poderá ser a sua salvação.
Pois exata noção de até onde podemos ir, em relação aos nossos limites emocionais, financeiros e de saúde, é a certeza de que não haverá sofrimentos.
Quando ultrapassamos os nossos limites financeiros, tentando ser o que não podemos ser, perdemos a noção e o endividamento vai fazer com que você viva de empréstimos.
Porém, comparado com o emocional, viver de empréstimos é insignificante e suportável, mesmo que possa te dar uma gastrite. Ultrapassar os limites emocionais causa muito mais estragos na vida de qualquer pessoa, uma vez que este ultrapassar emocional vai influenciar diretamente no modo como passaremos a viver a nossa vida e a sua influencia direta na nossa saúde.
O emocional esta relacionado ao amor, carinho, afeto, amizade, paixão e outros sentimentos ligados direto ao coração. E aí, as chances do sofrimento são bem maiores levando-nos, invariavelmente, a comprometer a nossa saúde.
Quando pensamos na nossa família, por exemplo, principalmente em relação aos nossos filhos, supor que os nossos recursos sejam ilimitados, encoraja-os a levar uma vida irreal com influencia negativa sobre o comportamento.
Por mais que consideremos que o amor dado aos nossos filhos seja incondicional, não podemos jamais perder a noção de que algo em troca de nada tem exatamente o valor de nada. E você pode ter a certeza de que, quanto mais você der aos seus filhos, mais eles vão considerar que têm o direito a mais e mais. E se um dia você não der algo, eles vão considerá-lo mesquinho e vão fazer de tudo para puni-lo por não ter ganhado o que desejavam.
Por isso, eu não tenho a menor dúvida de que a clara noção dos nossos limites pode ser a nossa salvação mental e física.
Por certo, um dia você ainda vai dizer:

-Ainda bem que os meus recursos são limitados.

segunda-feira, 12 de março de 2007

"Pais Legais” Têm Recursos Ilimitados

Estou dividindo com todos um texto maravilhoso do nosso amigo Marcos Susskind – do Grupo TIKVÁ - SP - que trata sobre o princípio do mês de Março.

Quando o telefone toca – é para seu adolescente. Quando a conta chega – é para você - Bruce Lansky

Chegamos pois ao Séc. XXI, a Era de Aquário! Vivíamos antes num mundo tenebroso. Pais falavam não a seus filhos, que eram obrigados a passar por tremendas frustrações. Todos nós, que fomos adolescentes nos anos 70, vivemos a grande revolução educacional e social – Summerhill, Woodstock, Revolução Cultural, Movimento de Maio da França etc. Era a total libertação e mudança de valores que nos fez prometer a nós mesmos que nossos filhos seriam educados de forma diferente. E buscamos com todas as forças fazer isto mesmo! Educar de uma forma diferente.

Agora somos pais de adolescentes de 13, 16, 18 anos. Outros têm 22, 25, 28 anos. Ou seja, “adolescente na prorrogação”, termo maravilhoso criado por Jackson Fullen. E muitos de nós, fazendo uma análise realmente desapaixonada, chegamos a uma pergunta desagradável: valeu?

Independente da resposta que tenhamos, cabem algumas considerações. Nós criamos nossos filhos com uma crença total e absoluta em recursos ilimitados. E agora, quando alguns deles se desviaram para o caminho do desrespeito, do “bater portas”, das drogas ou álcool – e principalmente para a crença que eles, os filhos, têm todos os direitos e quase nenhum dever – devemos nos perguntar: como consertar a situação?

Uma das coisas mais duras em nossa vida é ter de mudar de posição. Quem torce para o Santos FC não consegue se ver Palmeirense. Quem se vê como um executivo de grandes sucessos tem dificuldades de se enxergar com um ser humano falível. Mas a verdade é que nós, pais, precisamos rever conceitos para enfrentar realidades diferentes daquela imaginada por nós. Afinal, quando nossos filhos começavam a ir para a escola nós os víamos como futuros médicos, futuros administradores, músicos ou políticos – enfim, como seres de sucesso. Agora, quando a adolescência chegou de repente muitos de nós têm em casa jovens abusivos (verbal e fisicamente), negadores de autoridade, com comportamentos inaceitáveis e atitudes desafiadoras – mas não sabemos como lidar com eles. E tentamos seguir usando os mesmos métodos que não deram certo. Pior ainda: nos fechamos para que “ninguém saiba” dos nossos problemas. Claro que todo mundo vê as roupas esquisitas de nossos filhos, escutam os berros e as batidas de porta, notam que eles estão desleixados na escola, vêem nossos filhos em péssimas companias – mas nós, tal qual avestruzes, buscamos “esconder” nosso desconforto.
Pois é hora de reconhecer que nossos recursos são limitados. Fomos incentivados (por nós mesmos) a acreditar que somos infalíveis, somos deuses todo-poderosos, que podemos controlar o mundo que nos cerca – mas temos finalmente de enfrentar um dilema:
A) Mudar nossa forma de pensar e assumir o controle de nossa vida
B) Seguir imaginando-nos “poderosos” e ver a vida em nossa casa tornar-se um inferno.
O Amor-Exigente é um grupo de mútuo-ajuda para pais que mostra, de forma gratuita e desinteressada, a necessidade de revisão de conceitos e comportamentos nossos para termos influência na vida de nossos filhos. Um dos princípios é o dos “recursos limitados”. Ele diz:

“Nossos recursos físicos, emocionais, intelectuais e econômicos são limitados.”

Simples, não? Mas, será que a afirmação simples acima está incorporada em você?
Você reconhece que não é possível dar tudo que seus filhos querem, agüentar todas as pressões a que eles nos submetem, responder a todas as suas perguntas, acompanhá-los em todas suas atividades, ter paciência para todas suas músicas, “batidas de porta”, desculpas por terem tirado notas baixas etc.? Muitas vezes você não percebe que alguns desses recursos se esgotam. Se você não percebe, a tendência é de que você vai acumulando irritação, frustração, tristeza e amargura até que de repente você explode. Esta explosão não alivia suas pressões, mas o afastam de seus filhos e, geralmente, causam também desavenças com seu esposo (a).

O Amor-Exigente propõe uma alternativa. Pense, analise. Quais são seus próprios limites intelectuais, financeiros, físicos, econômicos, emocionais, tempo disponível etc.? Defina-os e comece a perceber quando estão chegando ao limite. Quando isto estiver ocorrendo, converse com sua esposa, com seus filhos. Antecipe-se ao problema, esclareça como se sente (sem explodir, sem se fazer de vítima, sem emoções ou sensação de mártir). Ao fazer isto você estará evitando problemas em casa. Além de estar ensinando seus filhos quais são seus limites – lhes dá uma oportunidade para que eles também percebam onde estão exagerando.

E como se faz isto? Veja alguns conselhos de Denise Witmer, de Parenting Teens:

Comunique os Limites: mas faça-o quando você e seu filho (a) estiverem “de bem”.
Deixe que seu filho (a) possa opinar: Muitas vezes queremos ditar regras. Quando o jovem participa na elaboração delas, é mais provável que ele (ela) a cumpram.
Seja Consistente: Às vezes nós abdicamos de fazer cumprir um limite porque estamos cansados ou chateados. Isto é inconsistência. Um limite estabelecido tem de ser SEMPRE cumprido até que seja mudado. Enquanto estiver em vigor, faça-o valer, mesmo se estiver cansado ou sem disposição para confrontos.
Seja Justo(a): O contrário do anterior. Não aumente os limites só porque está cansado (a). Se você acha que precisa mudar as regras, espere. Pense, converse, exponha. Não aja sob ímpeto do momento.
Não se esqueça de seus valores: Não se obrigue a fazer o que outros pais permitem. Uma fala consistente pode ser: “esta é nossa família, tua e minha. Temos nossas regras”. Algumas vezes você ouvirá: “Bem, eu preferia não ter sido desta família”. Não reaja. Respire fundo e esqueça. É parte do papel do adolescente te testar, apertar seus botões.

Usando os conselhos acima, você estará administrando os recursos emocionais. Lembre-se que outros recursos também são limitados. Conhecer estas limitações o fará mais previsível, menos explosivo e ainda diminuirá seus eventuais sentimentos de culpa.
“Pais legais” não são aqueles com recursos ilimitados. São aqueles que têm recursos limitados porém conhecidos tanto por si mesmo como por quem o cerca.

Se você quer aprender mais, procure um grupo de Amor-Exigente em sua região. É muito provável que em sua cidade (e seu bairro) exista um. As reuniões são gratuitas e abertas a todos. Não há cunho político, racial, religioso ou social. Seja bem vindo. Basta querer ser uma mãe melhor, um pai melhor ou então querer conversar sobre os problemas de seus filhos num ambiente acolhedor, cheio de compreensão e onde seu sigilo será preservado.

A Importância da Comunicação!

Um dos assuntos que procuro desenvolver nos Cursos de Formação de Coordenadores de Grupos de Amor-Exigente é a "Importância da Comunicação".
Para que não haja ruído na nossa comunicação com quem freqüenta os nossos grupos, a comunicação representa um papel fundamental para que possamos passar a mensagem que desejamos e que ela seja compreendida por todos.
Por isso amigos de caminhada estou socializando o tema e colocando à disposição o material que tenho utilizado nos curso e, para aqueles que tiverem alguma dúvida, posso tentar ajudar com esclarecimentos.

A Importância da Comunicação Nos Grupos de AE



Conhecimento dos princípios
Responsabilidade
O coordenador precisa ter: Interesse no conteúdo
Tato para colocar o assunto em discussão
Comunicação clara e objetiva


O que as pessoas buscam no AE: Esperança, orientação e ainda motivo + ação = motivação


Componentes da Comunicação: Palavras (escolha 20%)
Gestos (moderados 10%)
Verbalização (emoção 70%)


A comunicação às vezes esbarra na falta de clareza da proposta e a importância da comunicação.
Ex. O que você entende por uma pessoa simples?

Representar: Um pai/mãe aflito(a) – um pai/mãe preocupado(a) – um pai/mãe feliz



Existe diversas formas de se expressar

Será esta a forma correta?
Estou sendo sincero e claro na minha comunicação?


*As pessoas sentem quando o conteúdo do programa está sendo colocado de forma clara e se existe no grupo a sinceridade da doação;
*Nós não temos que provar nada;
*Temos que ser sinceros e convictos de que o AE funciona;
*Procure dar atenção a dor de quem chega;
*Responda sempre com sinceridade e sem qualquer preconceito.

Alguns toques:


*Não tenha vergonha de perguntar para os outros coordenadores o que acharam da sua abertura, espiritualidade ou desenvolvimento do princípio do mês;


*Sempre ao término da sua falação, pergunte se todos entenderam o que você falou e procure fazer um resumo final;


*Para que tenhamos a atenção de todos enquanto estamos falando, procure falar olhando um pouco para cada lado da platéia. Olhe nos olhos das pessoas;


*Quando for falar de um determinado princípio, procure fazer alguns cartazes com frases curtas sobre o princípio e distribua para a platéia para que eles os leiam e você faça a devida explicação;


*Faça perguntas para a platéia dirigindo-se especificamente para alguém;

Estes são apenas alguns toques para que possamos melhorar o nosso desempenho nas reuniões de Amor-Exigente.
Faça um bom proveito das informações aqui apresentadas.

Um grande e fraterno abraço.

domingo, 4 de março de 2007

Filme "Augusta, Uma História de Vida"

Amigos de Caminhada!

Alguns filmes, ao terminar de assisti-los, você nunca mais será o mesmo.
Eu tenho feito alguns comentários sobre determinados filmes e a importância da mensagem que eles nos trazem e o quanto podemos usá-las para as nossas reuniões de Amor-Exigente. Aliás, aqui no meu blog faço algumas sugestões de filmes.
E não poderia deixar de indicar um filme que considero importantíssimo para aqueles que freqüentam grupos de Amor-Exigente, em virtude da sua mensagem e a relação dele com os princípios do AE.
Assistir “Augusta, Uma História de Vida”, é um prazer e uma emoção que nos remete, inevitavelmente, às reuniões de AE.
Faço esta indicação e gostaria de ter um retorno das pessoas que assistirem ao filme, para que possamos trocar idéias e levarmos para os nossos grupos o aprendizado que tiraremos deste excelente filme.

Um grande e fraterno abraço.

Serginho