terça-feira, 7 de agosto de 2007

Ainda a crise!

Tomada de Atitude que não gera crise,
não é Tomada de Atitude
é atitude não tomada!
Crise sempre implica em dor.
Crise sem dor não é crise
é acomodação!

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Crise e a Almofada.

Crise e a Almofada.

Após a Tomada de Atitude do mês de Julho, com muita coragem e determinação, vamos para o mês de Agosto e com ele a Crise.
Se na Tomada de Atitude eu fiz a relação com o pato, agora farei a relação da Crise com uma almofada, com o avestruz e uma caixa de remédio.
E desde já aconselho a levar uma almofada para as reuniões no mês de Agosto para que as pessoas gravem e façam a relação do princípio com a almofada.
E a almofada é algo que colocamos para que alguém não se machuque ao cair. Assim, tentando proteger este alguém para que não sofra com a atitude tomada, tiramos desta pessoa a oportunidade de aprender arcando com as conseqüências da atitude tomada.
E, geralmente, quando não deixamos que alguém sofra as conseqüências do seu ato, somos nós e que acabamos sofrendo por estar assumindo por alguém aquilo que ela deveria assumir. E isto amigos de caminhada é impedir que este alguém cresça com responsabilidade.
Quantas vezes ouvimos nas reuniões de Amor-Exigente pais que dizem assim:
-Eu prefiro que o meu filho use drogas dentro de casa para não correr riscos na rua e ser preso;
-Meu filho está indo mal no colégio porque os professores o perseguem;
-Hoje o meu filho chegou embriagado. Mas também ele está descobrindo a adolescência e quem ainda não tomou um porre na juventude;
É tática do avestruz. Vou fazer de conta que não está acontecendo nada, se não vou precisar Tomar uma Atitude e isto vai gerar uma crise. Já pensou se o meu filho vai embora?
O filho tem saído todas as noites e só volta no outro dia pela manhã e mesmo assim alguns pais têm medo de que o filho vá embora. Mesmo que o relacionamento familiar esteja se deteriorando em virtude do filho, os pais ficam aprisionados com o medo de tomar uma Atitude que possa gerar uma crise.
Evitar uma Crise por medo é o mesmo que ter medo de tentar viver de forma diferente. É não dar uma oportunidade para que coisas boas aconteçam em sua vida.
Provocar uma Crise é correr riscos? Claro que é. Mas também é dar-se a oportunidade de tentar algo diferente do já tentado.
Se eu não corro riscos posso estar perdendo grandes oportunidades. E quando evitamos enfrentar uma crise, estamos evitando o crescimento. E quanto mais vamos deixando o tempo passar, mais a crise vai tomando proporções que poderão ficar acima das nossas capacidades de solução.
Se pensarmos em crise como oportunidade, vamos entender que crise é a vida em movimento.
A maioria dos casais que se separaram viram na crise um ponto final do relacionamento, quando deveria ser o ponto de partida para que o casal descobrisse juntos uma forma mais adequada de viver em comunhão.
Quando percebemos a crise como uma oportunidade no relacionamento amoroso, vamos perceber que ela vem para sacudir e levantar a poeira de uma situação que precisa mudar.
A crise nos relacionamentos seja entre o casal ou entre o casal e os filhos serve de alerta para algo que pode estar querendo dizer:
-Precisamos conversar.
Este “precisamos conversar" deve ser entendido como uma oportunidade de rever papéis, ações, atitudes, emoções, carinho, dedicação, amor, afeição, valorização, cooperação, respeito mútuo e companheirismo.
A crise é essencial onde existe vida. Vida sem crise é a antítese da vida.
Quantas descobertas foram realizadas por causa de uma crise. Crise é movimento.
Só descobrimos o nosso potencial quando os obstáculos aparecem em nossa vida. Precisamos ver as crises de forma construtiva e indicadora de oportunidades.
Claro que provocar uma Crise é preciso antes de qualquer coisa haver planejamento.
Assim como em marketing, ações isoladas não têm efeito algum, também nos relacionamentos a regra tem a sua funcionalidade.
Ai entra algo que tem nome de remédio: De-Fi-For-Exe. De – defina um alvo – Fi – fixe prioridades – For – formule um plano de ação – Exe – execute o plano.
E o legal é quando você fala justamente com um remédio para as pessoas nas reuniões de AE. Pegue uma caixa de remédio e cole um papel como se o nome do remédio fosse Defiforexe. Abra a caixa e leia a “bula”. Aqui a bula é a explicação do Defiforexe.
Você que tem recebido os meus textos já percebeu que gosto muito de trabalhar com símbolos nas reuniões de AE. E eu tenho a certeza de que estes símbolos ajudam e muito na fixação da mensagem. E torna a apresentação dos nossos princípios de forma criativa.
Só para lembrar, já temos o Pote de Margarina, a Almofada, o Pato, a Camiseta do Super-Homem, a Varinha de Condão e um Manual de Celular. É bastante coisa para trabalharmos os princípios do AE.
E para terminar, ou começar uma crise, gostaria de dizer que se você ainda não teve nenhuma crise no seu relacionamento amoroso, com os seus filhos ou até mesmo no trabalho, hummmmmmmmmm acho que a sua vida anda precisando de emoção.






O Bernardinho Sabe Tudo de Crise!

O Bernardinho Sabe Tudo de Crise!


Vamos nos dar a oportunidade de gerar crises.
Vamos parar de ser reservas e entrar em quadra pra jogar.
Na pior das hipóteses podemos ganhar uma medalha de ouro.


Dois episódios do técnico Bernardinho da seleção brasileira de vôlei transmitido ao vivo pelo Jornal Nacional, portanto em horário nobre, demonstraram que ele sabe muito sobre crise. Acredito até que ele daria um excelente coordenador de grupo de Amor-Exigente.
O primeiro episódio aconteceu na fila do aeroporto quando o técnico está na fila do check-in, quando alguém chega para tirá-lo da fila e passar na frente de todos e pegar o avião. Prontamente o Bernardinho diz à pessoa que quer tirá-lo da fila que ele vai ficar na fila como todos estão. Que ele chegou depois destas pessoas e não seria justo passar na frente delas.
Ora, esta pessoa que deveria ser de algum órgão governamental, talvez sem saber, estava gerando uma crise e quem sofreria as conseqüências seria o Bernardinho. Se ele realmente passasse à frente das pessoas, poderia haver um tumulto e as pessoas teriam o direito inclusive de vaiar a atitude. E imagem do técnico ficaria manchada por um detalhe que, aparentemente, parecia não ter grande importância.
O outro episódio e também de fundamental importância, aconteceu após a vitória da seleção brasileira de vôlei, quando um repórter da rede globo entrevistando o técnico fez uma pergunta sobre o episódio do Ricardinho (cabe lembrar que o Ricardinho foi afastado da seleção de vôlei para a disputa do pan) e ele fez a seguinte declaração:

-Os princípios e os valores, aliados a disciplina, estão acima de uma medalha de ouro. E eu não posso abrir mão disto tudo apenas por uma circunstância. O conjunto precisa estar unido e somente assim é possível chegar ao sucesso.

Para quem acompanhou o episódio da dispensa do Ricardinho notou que a imprensa fez um grande alarde, inclusive influenciando as pessoas a vaiar o técnico no primeiro jogo da seleção e mais ainda quando o filho do técnico entrou em quadra. Não faltaram declarações depreciando a atitude do Bernardinho, pois estava tirando o melhor levantador e isto provocou a ira de muitos jornalistas.
Diferente do episódio do aeroporto, neste caso o técnico gerou uma crise, tirando o melhor levantador, e administrou a crise com serenidade, coragem e sabedoria. E provou que estava certo ao ganhar a medalha de ouro.

Os dois episódios demonstram claramente a diferença entre você sofrer com uma crise, gerada por alguém, e você gerar uma crise e administrá-la.
Acredito que o medo que a maioria das pessoas têm de crise é pelo fato de que sempre sofreram com as crises geradas pelos outros. E estes outros, geralmente, são os nossos filhos, maridos, esposas...
Alguns poderiam pensar que se a seleção brasileira de vôlei não tivesse ganhado a medalha de ouro, o Bernardinho poderia ser responsabilizado. Claro que poderia. No entanto, o medo da tomada de atitude que certamente vai levar a uma crise, poderia levar o treinador a perder uma excelente oportunidade de descobrir um talento que poderia estar no banco de reservas.
Crise significa riscos sim. Mas também significa oportunidades. O que não podemos é deixar de tomar atitudes apenas pelo medo dos riscos.

O que não podemos é esperar mudanças quando estamos fazendo as mesmas coisas.
Ao provocar uma crise afastando o Ricardinho da equipe, o Bernardinho estava administrando a crise. Ele sabia que poderia contar com o Marcelinho (levantador reserva) e trabalhou a equipe para esta mudança.
Eu fico aqui pensando comigo mesmo, o Bernardinho deve ter lido o livro do Amor-Exigente. Ele sabia que uma crise bem administrada é uma excelente oportunidade de mudança.
Ao ver a seleção ganhar a medalha de ouro, o Ricardinho vai ter mais humildade e não achar-se mais insubstituível. O Marcelinho ao ganhar a medalha de ouro vai acreditar mais no seu potencial de levantador.
O Bernardinho sabe tudo de “de-fi-for-ex”. E provou saindo vencedor com a equipe unida e coesa.
Agora, se o Bernardinho que é conhecido mundialmente foi altamente criticado pela tomada de atitude, imagine aquele pai que deixou o filho na cadeia em virtude de ser preso por estar dirigindo sem carteira. Diga-se de passagem, que o filho roubou o carro para dar umas voltas.
Da mesma forma que todos entenderam, ou quase todos, que a atitude do Bernardinho foi para preservar o seu papel de liderança da equipe e é justamente isto que faz uma equipe de sucesso, da mesma forma somos nós pais ao tomarmos atitudes que precipitam crises. É com o objetivo de manter a família unida e vencedora.
Gerar crises apenas com sentimentos de vingança e raiva, pode significar o insucesso do que esperávamos.
Acho que fiquei fã do Bernardinho. O Bernardinho pratica o Amor-Exigente. Será que ele tem um livro do Amor-Exigente? Se ele não tem e já faz isto tudo, imagine se o tivesse?
Tomada de atitude que não gera crise, não é tomada de atitude e sim tomada paliativa de atitude.
Vamos nos dar a oportunidade de gerar crises. Vamos parar de ser reservas e entrar em quadra pra jogar. Na pior das hipóteses podemos ganhar uma medalha de ouro.
E para encerrar, não poderia deixar de destacar a maravilha que foi o nosso congresso na cidade de Uberaba. O povo danado de bom este de Uberaba. Encontrei pessoas que só conhecia pelos orkut e msn da vida. Voltei mais apaixonado por estas pessoas que estão no Amor-Exigente. No avião de volta para casa bateu uma tristeza muito grande. Fiquei com uma saudade de todos que foi impossível segurar as lágrimas. Tomara que estes dois anos passem bem rapidinho para que possamos nos encontrar novamente.

Um grande e fraterno abraço amigos de caminhada.

Sérgio Carlos de Oliveira – Serginho
Coordenador do Programa do Amor-Exigente em SC