domingo, 26 de julho de 2009

Momentos de Crise

MOMENTOS DE CRISE por EDÁZIMA AIDAR –Psicanalista

Muitas vezes ocorre que uma pessoa pode sentir um mal estar interno, algo que não sabe definir, já que está no inconsciente ou mesmo sendo consciente, tem dificuldade em aceitar. Momentos nos quais ela não se sente bem. Momentos em que, infelizmente, ela não se detém, porque pensar, avaliar, faz sofrer, dói e de dor ninguém gosta. O normal, portanto, é descalçar o sapato que aperta", "afastar o dedo da chama", "livrar a alma da dor". É comum a pessoa usar o mecanismo de negação toda vez que ela se depara com uma situação difícil, delicada, dolorosa, com um momento de crise. Uma das maneiras de se fugir da dor é procurar situações alegres e incompatíveis com a tristeza, a solidão e o remoer da mágoa. Ou então a vontade que impera é não pensar em nada, não ver ninguém e até evitar um confronto pessoal. De qualquer forma, cada pessoa é uma pessoa e cada um tem sua maneira preferida de fugir. Há os que se trancam em casa; os que saem todos os dias; os que se afundam no trabalho; os que preferem falar sem parar e os que só se encontram no silêncio. Por mais variados que sejam os mecanismos de fuga ou defesa, os objetivos são os mesmos evitar "Sentir", pensar, avaliar, enfim, evitar o mal-estar.

Porém, esses artifícios são inúteis, pois a pessoa não consegue se enganar por muito tempo. Por mais que ela se esconda atrás de disfarces, esses não anulam seu sofrimento. Este é apenas empurrado para baixo, para o fundo dela mesmo, onde há a ilusão de vê-lo desaparecer. Porém aquilo que não foi elaborado não desaparece, por mais bem escondido que esteja. Ninguém segue em frente com uma "ferida mal curada". Empurrado para as zonas mais sombrias da mente, proibido de atuar abertamente, o sofrimento continua agindo com possibilidade de acúmulo de tensões, explosões, angústias e até aparecimento de sintomas físicos. Manter o sofrimento num canto quieto, como um "domador que domina a fera com uma cadeira na mão", não é a melhor solução.

Em momentos de crises esse procedimento pode anestesiar a dor, mas impede a compreensão dela. Para compreendê-la se faz necessário um confronto que possibilita descobertas do inconsciente. Estas permitem à pessoa integrar seus aspectos contraditórios; se confrontar com seus desejos; olhar de frente para seus medos. Os momentos de angústia podem ser preciosos, na medida em que torne possível reavaliar a própria identidade, enxergar os próprios medos, acreditar no que se sente, se abrir para si mesmo e para o outro. Enfrentar a crise caminhando para o encontro consigo mesmo é uma maneira de promover o crescimento pessoal. Quando a pessoa faz da "dor" um momento de pausa e reflexão, pode criar uma estrutura mais forte para enfrentar a vida, sem que pareça estranha para si mesma nos seus momentos de crise.

domingo, 12 de julho de 2009

A Tomada de Atitude Exige Apenas Coragem? Não!

Tomada de Atitude Exige Apenas Coragem? Não!

Se a Tomada de Atitude exigisse apenas coragem, os medrosos jamais tomariam atitude. E isto não é verdade.

Então o que é preciso para Tomar Atitude?

O primeiro passo é você se perguntar?

-Eu estou feliz com a vida que estou levando?

A partir desta pergunta, dependendo é claro da resposta, você começa a se colocar no caminho da transformação.

Nós somos tão felizes quão felizes são os nossos relacionamentos e eu sou a única pessoa responsável pela minha felicidade.

Quando você não Toma Atitude, certamente os outros vão tomar por você. E aí, você fica refém do comportamento do outro.

Veja então, que muito mais do que coragem, o que nós precisamos na verdade é observar as nossas atitudes. Quando assim o fazemos, começamos a descobrir novos caminhos que, invariavelmente, nos darão a liberdade de escolha.

Tem uma frase de uma pensador austríaco que diz assim” A última das liberdades humanas está em poder escolher suas atitudes em qualquer circunstância”.

É preciso que olhemos para nós mesmos, uma vez que as nossas atitudes para com as outras pessoas é que vão determinar a atitude delas para conosco.

Quando você confie no que foi estudado no Amor-Exigente, no que foi aprendido, em você mesmo e em Deus, pode ter certeza de que você vai Tomar as Atitudes que precisa tomar para mudar a sua vida.

Tenha sempre em mente: quando você muda, as coisas mudam. Quando apenas os outros mudam, você apenas sofre as conseqüências.

Seja você o agente da sua felicidade. Não delegue a ninguém a decisão do que você vai fazer no presente e no que você vai ser no futuro.

São Francisco de Assis dizia a seguinte frase: “Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível”.

É importante que você saiba que as grandes transformações ocorrem de forma microscópica.

Mais do que coragem, Tomada de Atitude exige planejamento.

Agora, se você ficar pensando como o outro vai reagir com a sua Tomada de Atitude, talvez você não tome nenhuma atitude. E quando você não toma uma atitude, na verdade você já tomou uma atitude: a atitude de fazer nada para melhorar o que você está vivenciando.

Então, onde entra a coragem?

Ela entra quando olhamos para o modo como estamos vivendo e nos damos conta que não queremos mais repetir os antigos comportamentos, tomo a decisão de ser o agente da minha vida sem viver em função de qualquer outra pessoa.

E uma coisa eu não tenho dúvida: a espiritualidade é uma aliada importante para quem quer tomar atitude.

Foi um prazer poder compartilhar este texto com todos os amigos do Amor-Exigente.

Sérgio Carlos de Oliveira